Após decisão da Justiça, Governo do Estado afirmou que transferência para hospital de São Paulo seria feita na madrugada desta quarta-feira (17), mas a criança continua em Palmas. O pequeno Samuel precisa de uma cirurgia no coração
Divulgação/Ana da Rocha Sousa
“O estado do meu filho é muito grave e quando vejo ele na UTI me dá crise de choro”. A fala é da mãe do bebê Samuel Sousa Oliveira, que nasceu com cardiopatia congênita e precisa passar por um procedimento cirúrgico urgente. A criança está internada no Hospital e Maternidade Dona Regina desde que nasceu, no dia 28 de janeiro. Apesar do Governo do Estado ter afirmado que a transferência dele seria realizada na madrugada desta quarta-feira (17), o bebê continua em Palmas.
É que a cirurgia que Samuel precisa não é realizada no Tocantins. A mãe da criança continua esperando pelo procedimento mesmo após a Justiça ter determinado a contratação de um hospital no interior de São Paulo.
O G1 entrou em contato com a Secretaria Estadual de Saúde (SES) no início da manhã desta quinta (17) e perguntou o que falta para que a transferência de Samuel seja realizada. Até a publicação desta reportagem a pasta não havia dado nenhuma resposta.
A mãe do paciente, Ana da Rocha Sousa, que achava que veria o bebê recebendo o tratamento necessário nesta quarta, foi informada que a transferência foi adiada para a próxima sexta-feira (19).
Ela voltou a falar sobre a dor de não poder pegar o primeiro filho nos braços. “A demora está demais. O juiz já pediu urgência e não entendo porque essa demora toda para salvar a vida de uma criança”, reclamou.
Governo do TO afirma que bebê com problema no coração será transferido para SP
Ana explica que a situação do filho é delicada e que a transferência deveria ser feita ainda antes do nascimento. “Eles induziram meu parto, o bebê não nascia e fizeram uma cesárea de emergência. O Samuel já nasceu precisando de uma UTI e agora precisa de da cirurgia urgente”, explicou, Ana.
A Justiça já tinha determinado a transferência da criança ainda na semana passada, mas o governo vinha dizendo que não tinha conseguido notificar o hospital da decisão. A unidade exigia o pagamento antecipado da operação. O juiz até autorizou que o pagamento fosse feito, mas com o expediente bancário suspenso durante o carnaval, a operação só poderia ser realizada nesta quarta-feira.
Na própria decisão, a Justiça esclareceu ao hospital que caso os pagamentos não fosse feitos os valores seriam bloqueados nas contas do Estado para garantir o ressarcimento.
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